sexta-feira, 1 de maio de 2009

Esculturas do Museu de Cera Madame Tussauds

Museu Madame Tussauds é um famoso museu de figuras de cera. Possui a maior coleção de figuras de celebridades. A sede principal do museu está em Londres, mas também existem 7 filiais em, em Paris, Nova York, Hong Kong, Las Vegas, Amsterdam, Hollywood e Berlim (aberto em 4 de Julho de 2008).

Visitando o museu, você poderá “conhecer” Hitler, Kennedy, Einstein, Beatles, e muitos outros. A Perfeição é incrível.

Um pouco de história sobre esse curioso museu...

Marie Grosholtz nasceu em Strasbourg, França, em 1761. Seu pai, um soldado que lutou na Guerra dos Sete Anos (Grã-Bretanha e Prússia contra Áustria, França e Rússia) faleceu dois meses antes do nascimento da filha. Durante os primeiros cinco anos de vida, Marie viveu em Berna com a sua mãe, que trabalhava como governanta na casa de Philipe Curtius, um médico com extrema habilidade em esculpir em cera partes anatômicas do corpo humano. Quando o doutor Curtius mudou-se para Paris, levou consigo Marie e sua mãe, introduzindo-as a um mundo criativa e politicamente fascinante. O médico ensinou a Marie as técnicas de modelagem em cera. E rapidamente lhe foi permitido modelar personalidades da época como François Voltaire e o americano Benjamim Franklin. A exposição do doutor Curtius era tão famosa que passou a ser financiada pela Família Real Francesa. Tão logo o talento e a habilidade de Marie tornaram-se conhecidos ela foi convidada - aos dezenove anos - a ser tutora da irmã do Rei Luis XVI. Em 1789, o doutor Curtius chamou-a de volta a Paris. A capital era o centro caótico da sangrenta Revolução Francesa. Marie e sua mãe foram presas e compartilharam a mesma cela de Josephine de Beauhamais, que mais tarde viria a desposar Napoleão Bonaparte. Entretanto, Marie foi encarregada de preparar máscaras de cera utilizando como molde as cabeças dos prisioneiros que haviam sido guilhotinados. Entre estes figuravam Maria Antonieta, Luis XVI e Jean Paul Marat (o filósofo revolucionário morto por Charlotte Corday). Em 1794, o doutor Curtius faleceu e deixou para Marie toda sua coleção de cera. Marie continuou seu trabalho até praticamente sua morte. Dedicou seus últimos anos à sua própria escultura em cera. Em abril de 1850, aos 89 anos, Marie Tussaud - grande mulher do século XIX - sucumbiu. Em 1835 finalmente a coleção de Marie Tussaud se estabeleceu em Londres, próximo ao local onde hoje se encontra o Madame Tussaud’s Museum.

Coloco aqui algumas das esculturas de cera... para vocês ficarem com vontade de ir conhecer esse curiosíssimo museu, que está espalhado pelo mundo...




















E agora para aguçar mais a vontade de ir a esse Museu muito diferente. Deixo um vídeo que mostra bem as esculturas no seu tamanho real. Mas não liguem por que este vídeo é amador... e tem outros personagens nele...hehe...mas vale a pena dar uma olhada...

Link...

http://www.youtube.com/watch?v=CeNdrGm40Z0

Museu de Qatar

Com mais de 800 peças e cerca de 35 mil metros quadrados de área, foi inaugurado neste sábado (22), em Doha, no Catar, o maior museu de arte islâmica do mundo, em cerimônia com fogos de artifício, segundo a agência oficial de notícias "QNA".

O edifício abriga uma coleção de mais de 800 peças procedentes da Europa, Ásia e o Oriente Médio, muitas das quais se expõem pela primeira vez. A rede de televisão "Al Jazira" mostrou imagens da cerimônia de inauguração que esteve ambientada com um castelo de fogos de artifício.

O museu, de cinco plantas e uma superfície de 35.535 metros quadrados, foi desenhado pelo arquiteto chinês naturalizado americano Ieoh Ming Pei, vencedor do prêmio Pritzker em 1983.

A construção, que tem forma cúbica, mistura elementos islâmicos e ocidentais, e está inspirada na fonte para efetuar as lavagens antes de rezar que se encontra na mesquita de Ibn Tulum, do século 9, no Cairo.

Durante a próxima semana, uma série de atos para celebrará a inauguração do museu, que será aberto ao público em 1º de dezembro.



Foto: Karim Jaafar/AFP
Inauguração dp Museu de Arte Islâmica de Doha neste sábado (22) reúne cerca de mil convidados (Foto: Karim Jaafar/AFP)



Foto: Karim Jaafar/AFP
Visitantes circulam pelo Museu de Arte Islâmica de Doha, inaugurado neste sábado (22) (Foto: Karim Jaafar/AFP)



Foto: Karim Jaafar/AFP
Rico em pretóleo, mas sem grandes sítios arqueológicos, o Qatar investe na compra de relíquias e obras de arte para enriquecer seus museus (Foto: Karim Jaafar/AFP)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Museu de Arte de Macau






Museu de Arte de Macau

Para realizar esta pesquisa, foi utilizado o recurso tecnológico da Internet, pois é um meio virtual que possui um vasto contingente de informações.
“Um museu deveria ser um espaço em que o visitante sonolento fosse intimado a reagir em contato com obras sublimes.” Pierre Bourdieu questiona em seu livro “O amor pela arte: os museus de arte na Europa e seu público” o acesso aos bens culturais que estão por toda a parte e a nossa disposição que são os museus. Ele dia que o museu é parte integrante de nossos costumes, de nossas crenças. Mas Bourdieu ressalta que a cultura não é um privilégio natural, mas que seria necessário e bastaria que todos a possuíssem os meios para dela tomarem posse para que pertencesse a todos. Essa necessidade cultural é produto da ação da escola, pois a escola atua em indivíduos que possuem uma estrutura familiar, noções de competência artística, ele envolve indivíduos com certa iniciação cultural.
O museu escolhido foi inaugurado em 18 de Abril de 1998, o Museu de Macau fica na Fortaleza do Monte, local de grande significado histórico construído pelos Jesuítas no início de século XVII. Junto à Fortaleza estavam a Igreja e o Colégio de S. Paulo (ou da Madre de Deus), a primeira universidade de tipo ocidental do Extremo Oriente.
Por meio de réplicas e painéis explicativos, o Museu de Macau mostra o percurso histórico e as tradições das diversas comunidades que habitam na cidade desde há séculos. O Museu de Macau desenvolve-se em três patamares:
Gênese de Macau - O 1o piso narra, de forma sucinta e comparativa, o estado das civilizações européia e chinesa antes da chegada de Jorge Álvares ao Delta do Rio das Pérolas (1513), bem como o período do encontro e do importante intercâmbio comercial, religioso e cultural que passou a desenvolver-se ao longo dos séculos.
Artes Populares e Tradições de Macau - O 2o é dedicado à Arte Popular e às Tradições. Quem reparar com atenção nos passatempos, rotinas diárias, ritos e celebrações, notará as diferenças entre as comunidades que aqui têm convivido harmoniosamente, e a miscigenação cultural que se foi operando ao longo do tempo e torna tão rica quanto especial a maneira de viver em Macau.
Macau Contemporâneo - O 3o piso mostra diversos aspectos da atualidade. Um dos espaços é reservado à forma como Macau tem sido retratado por artistas, com destaque para Camões e Camilo Peçanha. Este circuito cultural termina com os símbolos da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China.
A saída do Museu é feita pela Fortaleza, donde pode apreciar-se um bonito panorama da cidade.
O Museu de Arte de Macau situa-se no complexo do Centro Cultural de Macau e está sob a tutela do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Tem uma superfície total de 10.192 metros quadrados, dos quais 4.000 são galerias de exposição. É o maior espaço da Região Administrativa e Especial de Macau dedicado à promoção das artes plásticas.
Integrado numa cidade de características históricas asiáticas e ocidentais, o Museu procura dar voz a essa diversidade, exibindo obras de arte tradicional chinesa, a par de obras capazes de evidenciar as tendências artísticas ocidentais.
O Museu é detentor de um vasto espólio, herdado do antigo Museu Luís de Camões e posteriormente enriquecido com novas aquisições. Particular destaque merecem os achados das escavações de Hác Sá, as cerâmicas de Shiwan , as caligrafias, pinturas e sinetes de Guangdong das dinastias Ming e Qing, os quadros históricos, produzidos em Macau e zonas vizinhas no século XIX e as obras de arte contemporânea (sobretudo pintura, cartazes e fotografia). No seu conjunto, o espólio do Museu de Arte de Macau reflete a história, a cultura e o desenvolvimento das artes plásticas nesta cidade.
O edifício do Museu tem cinco andares e cinco galerias. A Galeria de Caligrafia e Pintura Chinesa e a Galeria de Cerâmica Chinesa situam-se no 4º andar, onde está em exposição permanente uma das mais extensas e valiosas coleções de cerâmicas de Shiwan, entre as quais se destacam, num conjunto de mais de 300 peças, as representações de personagens da cultura chinesa. A Galeria de Pintura Histórica, no terceiro piso, exibe os quadros históricos (China Trade) e pinturas e gravuras de artistas ocidentais que visitaram e retrataram várias das cidades do Sul da China, bem como cenas do quotidiano de Macau. Destacam-se as obras do pintor inglês George Chinnery e do seu discípulo chinês Lam Kua. No segundo piso existe uma ampla sala de exposições, além de outras de menor dimensão situadas no 1º andar.
Para além das exposições permanentes, o Museu realiza exposições temporárias e promove intercâmbios artísticos com outros países e cidades. Destacam-se os projetos em colaboração com Museu do Palácio ou outros museus da china, tais como as exposições: “Maravilhas de uma Época Próspera - Tesouros da Cidade Proibida”, “Exílio Dourado - Expressões Pictóricas da Escola dos Missionários Ocidentais, Obras de Arte na Corte da Dinastia Qing”, ou ainda “A Arte dos Oito Excêntricos de Yangzhou”.
Um dos outros objetivos destes intercâmbios são o de permitir, ao público de Macau e seus visitantes, o contacto com culturas e artes de diferentes países e períodos históricos. É esse o caso de exposições como “Memórias do Passado – A Arte Mexicana Pré-Hispânica”, da “Exposição de Gravuras de Picasso”, ou ainda da mostra “Ícones de Esmalte: 1895-1935”. Finalmente, o Museu organiza exposições capazes de estimular a reflexão sobre a cidade de Macau, revelando aspectos da sua memória e identidade, tal é o caso de exposições como “Macau - Memórias Reveladas” (fotografias dos anos 20-30) ou “Espaço Sereno – Fotografias sobre Macau”.
O Museu tem um auditório bem equipado, com capacidade para mais de cem pessoas, onde têm lugar para seminários sobre exposições, ciclos de cinema e palestras, sobre arte ou estudos arqueológicos. A loja do Museu, situada no 1º andar, vende publicações próprias, além de livros e lembranças típicas de Macau. No último andar existe uma Midiateca, com obras multimídia sobre o espólio artístico exposto no Museu. A Midiateca oferece ainda um serviço de ”Internet” gratuito e possui cabines audiovisuais, onde podem ser apreciados, gratuitamente, mais de quinhentos clássicos do cinema chinês e ocidental. No último andar, há ainda uma Ludoteca. Este espaço é usado para as mais variadas atividades artísticas e, sobretudo, para os cursinhos de arte para crianças.
Com o objetivo de estimular o gosto pela arte e pela cultura, o Museu criou, em um de Novembro de 2001, o Clube dos Amigos do Museu, que permite ao público uma maior acessibilidade às exposições e atividades desenvolvidas.

EXPOSIÇÃO

Exposição Patente que está acontecendo no Museu de Macau de 17 de fevereiro a 6 de junho de 2009, Gravuras Panorâmicas da China do Século XIX, são 47 gravuras sobre paisagens de Macau e da China no século XIX.





Vista sobre a Baía da Praia Grande, Macau

c. 1850
10.5 x 22.5 cm
Pintor desconhecido
Gravador desconhecido
Ponta-seca



Panorâma da Cidade de Macau visto das Ruínas do Convento de S. Paulo.

c. 1850
11 x 15 cm
Desenho de William Heine
Gravador desconhecido




Uma Rua em Cantão

c. 1850
12.5 x 19 cm
Desenhado por Thomas Allom
Gravado por W. H. Capone

Desde meados do século XVI, Macau, com uma cultura única de abertura, tornou-se um entreposto internacional na região Este da Ásia. Como cidade de harmonia e tolerância, abrigou diferentes estilos de vida, línguas, artes e religiões, cada qual com o seu significado e espaço próprios neste pequeno canto do mundo. O seu panorama magnífico atraiu e inspirou muitos pintores ocidentais que, além de expressarem emoções próprias, mostraram nas suas pinturas o estilo peculiar de Macau. Nos seus primeiros tempos, Macau foi à porta de entrada dos ocidentais na China. Em Setembro de 1792, os ingleses enviaram um emissário para as celebrações do aniversário do imperador Qing Gaozong, com o objetivo inconfessado de negociar um tratado comercial com a China. O embaixador inglês George Macartney, faz-se ao mar num navio da marinha real, equipado com 64 canhões e provisões suficientes para o Oriente. Fazia-se acompanhar por um séquito de cerca de cem homens de ofícios diversos como músicos, intérpretes, cartógrafos, artistas, carpinteiros, soldados e criados. A fotografia ainda não existia por isso foram os artistas que foram desenhando tudo o que viam, para manter um registo visual da viagem.


A tripulação chegou a Macau em Junho de 1793 e, um mês depois, Macartney chegava a Pequim, onde era recebido, a 18 de Agosto, pelo imperador Qing Gaozong no Palácio Imperial de Verão, em Yiehe (Rehe). Como Macartney desconhecia o protocolo chinês, ofendeu inadvertidamente o imperador que, no entanto, o tratou com cortesia. Contudo, o imperador recusou o seu pedido de abrir mais portos ao comércio. Em Setembro desse ano, Macartney viajou para o Sul da China e deixou Guangzhou em Dezembro, de regresso à Europa.


Esta foi a primeira missão diplomática da Inglaterra à China, em que o emissário registrou os pormenores da sua experiência de viagem, tendo os artistas desenhado inúmeros locais e pessoas, que depois mostraram aos seus compatriotas. Esta informação fez aumentar a curiosidade dos ocidentais e deu origem a um número crescente de obras sobre a dinastia Qing.


Em 1843 foi publicado em Londres o livro Império Chinês, que continha numerosas gravuras, incluindo paisagens, arquitetura e cenas do cotidiano do mostrando hábitos e costumes do povo chinês.


Com o intuito de dar aos visitantes um conhecimento mais profundo sobre a paisagem antiga de Macau e do Interior da China, o Museu de Arte de Macau selecionou cerca de 50 gravuras das suas coleções. O conteúdo desta seleção reflete as paisagens e os hábitos de vida das populações do Delta do Rio das Pérolas e do Norte da China do século XIX. A exposição chama-se “Gravuras Panorâmicas da China do Século XIX”.

Os trabalhos mostram diferentes cenários tradicionais chineses durante o século XIX, recriando a elegância e o cotidiano prazenteiro e despreocupado característico do charme singular da Baía da Praia Grande; a beleza da paisagem da área costeira do Monte da Guia. Nas gravuras pode observar-se também as manifestações religiosas da população em frente às Ruínas de S. Paulo e a alegria da ópera chinesa perto do Templo de A-Ma. Quando os residentes e os turistas visitarem esta exposição sentir-se-ão sem dúvida em casa.

O Museu de Arte de Macau transmite e tenta promover ao seu público da cidade, e seus visitantes, um maior contato e interesse sobre a cultura e a arte de outros países e também de outros períodos históricos.

O museu procura desenvolver e estimular a reflexão sobre a cidade de Macau.

Bourdieu destaca também que a frequência dos museus é dada a partir do grau de instrução do visitante, sendo ligeiramente mais elevado. Assim jovens que estão cursando uma universidade, são os que mais freqüentam os museus.

O museu procura ainda promover e incrementar o interesse na herança cultural e histórica de Macau, através das exposições.

Com esta pesquisa percebo que o acesso a obras culturais, são privilégios da classe mais culta da população, das pessoas que vão atrás da cultura, que assistem televisão, ouvem rádio e lêem jornal, isto é, estão por dentro de que acontece na atualidade. Mas principalmente para pessoas que possuem um alto poder aquisitivo para poder ir a um bom Museu, pois todos os outros museus que pesquisei e inclusive o Museu de Arte de Macau, cobram para a visitação. Mas em alguns museus pode-se ir gratuitamente nas terças-feiras.


Referências:
http://www.artmuseum.gov.mo/main.asp?language=2
http://portuguese.cri.cn/135/2009/01/09/1s101600.htm
http://www.macaumuseum.gov.mo/htmls/education/edu_port.htm

Blog de Reflexão em Música para vocês conhecerem

Oi pessoal!

Estou colocando aqui o endereço do blog de Reflexão em Música para vocês conhecerem e verem quantas coisas legais tem por lá! É só clicar:

http://reflexaoemmusica.blogspot.com/

Vocês também podem fazer comentários e dar dicas e sugestões nos assuntos que são publicados ali: espero que gostem!

bjss

Museu Paulista


O Museu Paulista é um dos cartões postais de São Paulo. Bem bonito, né? Ele tenta imitar os modelos dos museus mais famosos dos países europeus e outros países desenvolvidos do mundo ocidental. (por Andrea)

Essa é a biblioteca do Museu! Adoraria estudar neste lugar tão "aristocrático"... E vocês? (by Andrea)



O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, localiza-se no Parque da Independência, no Ipiranga, na cidade de São Paulo. O edifício tem 123m de comprimento e 16 de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. É mais conhecido como Museu do Ipiranga, por ter sido uma proposta de monumento à Independência do Brasil, no próprio local onde ela havia sido proclamada, as margens do riacho Ipiranga.
É especializado no estudo dos aspectos materiais da organização da sociedade brasileira. Segue três linhas básicas de pesquisa: O Cotidiano e Sociedade, Universo do Trabalho e História do Imaginário. O estilo arquitetônico é o eclético, que estava em curso na Europa, a partir do séc.XIX.
Projetado por Tommaso Bezzi (engenheiro e arquiteto), que utilizou de forma simplificada o modelo do palácio renascentista; os jardins e chafariz inspirados nas concepções dos jardins barrocos franceses como os do Palácio de Versalhes. Conta com um acervo de 125 mil unidades, entre objetos, iconografia e documentação. Estão expostos roupas, mobílias, decoração da época. Ânforas de vidro que adornam a escadaria central, a qual representa o rio Tiete, que contém as águas dos rios que banham um ou mais rios do Brasil. E também exposição de louças, jóias, armas, peças religiosas e automóveis.
O acervo de pintura compõe-se de obras a óleo, aquarela, guache e mural. Algumas esculturas integram a alegoria do edifício, como as estátuas em mármores dos bandeirantes Antonio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes, de Luigi Brizzolara, no saguão; a estátua em bronze de D.PedroI, de autoria de Rodolfo Bernardelli (nicho central da escadaria).
O conjunto reúne ainda estatuetas que decoravam as casas da aristocracia e burguesia brasileiras dos séc. XIX e XX. Destaca-se ainda a coleção Santos Dumont, com originais que registram as experiências aeronáuticas do inventor.
O Museu recebe um público diversificado. É frequentado durante o ano todo por estudantes, com excursões escolares, seguindo rigorosamente o agendamentoe regras pré estabelecidas, também por turistas de outros estados e estrangeiros em férias.
No dia sete de Setembro de 2008, 15 mil pessoas visitaram o Ipiranga. É uma data especial para os paulistanos, que vão ao museu para passear com a família, onde as crianças brincam de skate e bicicleta. Várias pessoas foram abordadas para falarem sobre a impressão e interpretação que tiveram do museu. Muitas pensavam que "ele" foi a casa de D.PedroI, outras imaginavam que a independência aconteceu exatamente como no imenso quadro de Pedro Américo, exposto num local de destaque (o qual foi pintado em 1888). Uma aposentada disse que o salão era grande devido as roupas que as mulheres usavam na época, pois eram muito volumosas e ocupavam muito espaço. E que ali aconteceram muitos bailes.
Segundo pesquisadores, apenas sete pessoas presenciaram D.Pedro libertar o Brasil de Portugal e que o cavaleiro, não estava lá, por que é um auto-retrato de Pedro Américo que deliberadamente se incluiu num evento histórico. Isso demonstra que muitos não possuem um conhecimento prévio da história ou referências ligadas ao assunto, fator preponderante para Bourdieu para se apreciar uma obra de arte, ou um outro objeto. E ainda,demonstra, como diz Bourdieu que os museus abrigam tesouros que se encontram abertos a todos e interditados a maioria das pessoas.


O Museu Paulista oferece visitas monitoradas ao público especial. O CAPS, (centro de orientação psicossocial ) organiza grupos de homens e mulheres com idade entre 20 e 70 anos; com o propósito de garantir atenção direcionada as necessidades de pessoas com deficiência intelectual, física, visual, auditiva e outras. O grupo é preparado préviamente, auxiliado por psicólogos e terapeutas por um período, para que possam absorver, interpretar e avaliar o que lhes será apresentado.
Embora o Museu Paulista, tenha característica conservadora, está inovando, dando um grande passo, frente as diferenças e diversidades . Fazendo um contraposto a que se refere Bourdieu ao controle de um estrato social sobre outro, como violência simbólica (neste caso o preconceito) legitimadora da dominação.
O Museu Paulista ainda conta com o Serviço de Atividades Educativas (SAE). Foi criado em 2001 e de acordo com a supervisora, Denise Peixoto, as ações abrangem desde as próprias pesquisas de público até a produção de materiais pedagógicos e de apóio à mediação. Há vários programas disponíveis. Possui um acervo educativo de acesso à arte. Chama a atenção o equipamento para portadores de deficiência visual. São telas táteis, textos em braile e recursos multimídia, com narração descrevendo as pinturas.
Foi feito um estudo de público, com o objetivo de conhecer melhor o perfil, as expectativas e as necessidades do visitante. Essas pesquisas constataram a ausência de alguns segmentos da população na frequência à Instituição. A partir deles, pessoas com deficiência mental, auditiva, com transtornos comportamentais, dependentes químicos e idosos com dificuldades físicas se tornaram públicos potenciais a reconhecer o museu como espaço de memória coletiva. Os dados coletados revelaram ainda, que a maioria do público que visitam o museu tem o ensino médio completo, cursa ou já cursou o ensino superior; 38,57% declararam renda individual superior a cinco salários mínimos e familiar acima de dez. fica provado o pensamento de Bourdieu, que os indivíduos se posicionam nos campos de acordo com o capital acumulado, que pode ser social e cultural na forma de conhecimentos apreendidos. E de conformidade com a pesquisa do sociólogo, a frequência aos museus aumenta a medida que se eleva o nível de instrução.
Mas , apesar de todo o esforço dos que dirigem o Museu Paulista, na busca de um público universal, não conseguiram ainda se desvencilhar das amarras do conservadorismo, pois o mesmo foi estruturado por um porta-voz da elite para a elite paulista, para moldar uma identidade nacional, identificando uma trajetória histórica na formação da nação como a única possível e ocultando todas as outras vozes.
Faço aqui, uma correlação com o texto de Bourdieu, onde ele diz que na formação do habitus, a produção simbólica recria as desigualdades de modo indireto, como uma dominação suave ou revelação dos fundamentos ocultos a dominação.

Fonte

Site do Museu Paulistano

USP - São Paulo

Glezer Raquel ( Anais do Museu Paulista )
São Paulo

Referências

Alfano, Ana Paula ( isto é Gente, 2008-01-11 )

Museu de Arte Islâmica e Turca

“ Para o Islã, embelezar o mundo é divinizá-lo “


O Museu de Arte Islâmica e Turca, localiza-se em Istambul, na Turquia. A Turquia é um país euro-asiático. Esta dualidade o torna um país fascinante e ao mesmo tempo instigante para nós ocidentais. O edifício do museu foi construído em 1520, como presente do Sultão Suleyman para o Vizir Ibrahim Pasha. Exibe quase todos os períodos e tipos de arte islâmica, tendo uma coleção que excede a quarenta mil peças.
O termo “arte islâmica”, não significa, uma manifestação artística que tenha por finalidade render o culto à fé. Mas sim, uma unidade criativa de arte e arquitetura características de uma civilização que dominou grande parte do mundo durante muito tempo.
A cultura islâmica tem como suporte a religião e para compreende-la, nós, como “público ocidental,”precisamos ter um conhecimento prévio do pensamento islâmico. Segundo Bourdieu, a informação é a ferramenta que permite a apreciação, criando um “gosto”, concedendo à “nós ocidentais” a apropriação desta arte com uma cultura onde religião e política estão interligadas.
A história cultural do islamismo no ocidente foi moldada pelas experiências dos imigrantes muçulmanos nas sociedades que os acolheram e em grande parte influenciada pela realidade social de incorporação. E nós como expectadores, “reinterpretamos”, segundo Bourdieu, em função da estrutura de campo de recepção e por esta razão , um gerador de mal entendidos colossais. Por exemplo: Precisamos compreender que Islão é uma religião e todos os seguidores do “Islamismo”são chamados de muçulmanos. E muçulmanos, podem ser Árabes, turcos, Persas, Indianos, Paquistaneses ou de outras nacionalidades. E para podermos interpretar e apreciar a arte islâmica, não podemos separá-la da religião, que para eles, é um completo caminho da vida, pois envolve todos os aspectos desta. Por conseguinte, os ensinamentos do Islão, não podem separar, religião, política, educação, arte. Todos estão interligados. Por esta razão, nas artes plásticas, a pintura e escultura não contaram com grande desenvolvimento pela proibição de se representar formas vivas.
As grandes coleções de “arte islâmica”, situam-se frequentemente no mundo ocidental, como o Museu do Louvre, Museu Britânico, no Museu Islâmico de Portugal, na Espanha e outros.
No Museu de Arte Islâmica e Turca poderemos ver as seguintes seções: Tapetes: A seção de tapetes é muito rica. Estão alguns dos mais antigos tapetes do mundo, tapetes raros Seljuk, tapetes para oração e tapetes com figuras de animais datando do século XV, tapetes da Anatólia datados entre o século XV e XVII, tapetes Iranianos e Caucasianos e amostras de tapetes dos palácios. Trabalhos em madeira: A parte mais importante desta coleção é a arte em madeira da Anatólia trabalhados em madrepérola, marfim e conchas , datados do Império Otomano, capas para o alcorão, prateleiras e gavetas. Trabalhos em pedras: Arte trabalhada em pedra dos períodos Emevi, Abbasi, Memluk, Seljukas e otomanos com motivos de caça, figuras como esfinge, dragão.
Cerâmicas e vidros: Nesta seção voce poderá ver cerâmicas do perúodo Islâmico e peças que pertenceram aos principados de Anatólia, azulejos e peças em vidro desde o século IX até o séculoXV. Escritas e Caligrafia : O museu exibe Alcorões do século VII ao século XX. Coleção de raras caligrafias, livros, papeis imperiais com assinaturas Otomanas e escritas em miniatura Turcas.
Metal: Arte do Império Seljuca, as fechaduras da mesquita de Cizre Ulu, candelabros datados do século XVI até o século XX. Também ornamentos em bronze com pedras preciosas, cristais, velas, potes de água de rosa e incensários.

Etnografia: Tapetes e teares Kilins de várias regiões da Anatólia, técnicas de pintura em lã, tecelagem, roupas regionais, peças usadas em casa, barracas de nômades e peças feitas a mão.
Dos países de tradição islâmica, salientam-se as coleções do Museu Islâmico do Cairo. Foi inaugurado em 2008 em Qatar, o maior museu de arte islâmica do mundo, numa área de 35 mil metros quadrados. A República Islâmica é famosa pelos célebres tapetes persas. O Irã , também possui uma arquitetura magnifica, maravilhosos palácios com azulejos e monumentos pré-históricos, trabalhos em cerâmica, jóias em prata e âmbar, peças esmaltadas e pintadas a mão. O artesanato é executado com técnicas ancestrais.
Isfahan é uma antiga cidade de tesouros, sua construção remonta ao século II a.C. Por ser uma cidade muito bem conservada é visitada por turistas, arquitetos e historiadores do ocidente.
A coleção Aga Khan toma naturalmente em conta a importância do Alcorão e dos seus suportes na religião islâmica, atribuindo grande valor a estes manuscritos de luxo, uma espécie de monumento glorioso ao texto revelado.
A “arte islâmica” é uma das mais ricas e expressivas do mundo e a importância da sua tradição na história da arte é imensa.
E nós, como público ocidental, podemos observá-la e nos apropriarmos desta cultura navegando pela história através do “Museu Sem Fronteiras” ou “Museu On-line” no site www.discoverislamicart.org, desenvolvido durante dez anos e financiado em 80% pela União Européia. O projeto envolveu 17 museus e 300 colaboradores e acredita-se que poderá ajudar à abertura ao diálogo político e civilizacional entre as diversas culturas. Está disponível em oito idiomas. E para termos um acesso direto, podemos contar com as agencias de viagens e turismo, que contam com roteiros incríveis e hotéis aconchegantes, com direito a traslado , orientação no vestuário e comportamento nos museus e lugares públicos, especificando também os dias e horários permitidos a visitação.
E finalizando com Bourdieu, que analisa a capacidade diferenciada dos indivíduos de adquirirem o que chama de “disposição estética”,uma competência e inclinação para reconhecer como objetos artísticos e valorizá-los como tais no campo artístico , conclui que é essa mesma “disposição”, que “distingue, diferencia e localiza” o “ator social”(no caso , o público do museu) na hierarquia social. Pois, a pesquisa estabelece que todas as práticas culturais estão estreitamente associadas ao nível de instrução (capital cultural) e secundariamente, a origem social.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tarefas de Reflexão Artística

Oi pessoal!

Aqui está um roteiro para os nossos trabalhos neste blog:

1) Fazer um e-mail do gmail e enviar para andreapaula@hotmail.com para cadastrar como autor do blog.
2) Postar as reflexões sobre a pesquisa que cada um fez sobre os museus que escolheu.
3) Escolher uma obra, um autor, um movimento artístico de qualquer época ou lugar, a partir dos museus que vocês pesquisaram para apresentar e comentar.

Observações: Produzir e postar textos e objetos culturais com elementos de contexto (época, quem, onde, porque...) com comentário e fontes (links, livros, discografia, exposições, museus...).
Outras coisas que podem ser postadas: resumos e resenhas de livros, notícias, músicas, vídeos, documentários, dicas, sugestões, informações...

BOM TRABALHO!